Um pouco de Quebec no Rio de Janeiro

Nesta noite (16/03) houve um espetáculo de Ariane Moffatt no Rio de Janeiro. Absolutamente inacreditável! Eu pude assitir a este show de graça (for free!). Infelizmente, a Grasiela não está no Rio de Janeiro e não pôde assitir ao show. Mas eu pensei muito na Grasi durante todo o show. Relembrei muitos dos nossos momentos maravilhosos que tivemos nos 6 meses que vivemos em Rimouski. Cada música conhecida me levava a uma viagem ao passado próximo. E, principalmente, a canção "Montreal" foi muito especial, pois essa foi a primeira música que ouvimos ao chegar no Canadá (justamente em Montreal).
Ao final do show comprei o CD e...consegui um autógrafo... e... tirei uma foto com a Ariane (nossa, já estou íntimo dela) para provar que ela realmente esteve aqui.

Foi uma noite muito especial...faltou a Grasi para ficar perfeito.

Mas agora temos uma desculpa para voltar a Quebec. Temos que assistir juntos um show da Ariane Moffatt!

Ultimo dia!!

Hoje o dia acordou e dormiu chuvoso, acho que nossas despedidas canadenses estao com um certo padrao nublado... ultimo dia em Rimouski, Quebec e Montreal, todos com chuva. Fomos entao fazer programas em locais fechados. Fomos a um museu da ciência, muito legal. Tinha uma belissima exposiçao de fotos da Groelandia, mostrando o derretimendo dos gelos na regiao; uma exposiçao sobre a era glacial, daquelas interativas com varios computadores, fosseis e outras atividades; um simulador de voo, onde no meio de um filminho rolavam uns jogos onde se "pilotava" um aviao (Duane foi super bem, eu pessima) e por fim a melhor parte, um filme em 3D sobre o fundo do mar (a foto com os óculos, somos nos preparados para ver o filme). Incrivel, eu nunca tinha passado por essa experiencia, era como se a agua e os animais estivessem a um palmo da gente, como se pudessemos toca-los. Simplesmente amei!!
O fim do dia chuvoso andamos um pouco pela cudade subterranea de Montreal, sao quilomentros e quilometros com tudo que se imagina, como se fosse um shoping de quilometros ligados por corredores e metrôs.
Depois foi aquela tarefa nada agradavel, tentar rearrumar as malas que foram bagunçadas aqui em Montreal. Ta tudo maravilhoso, mas acho que esta na hora de irmos pra casa, dormir numa caminha conhecida, comer comida caseira, beijar os amigos e parentes queridos... foi bom, ou melhor, foram inesquecíveis esses tempos de Canada, lugares e amigos que ficaram como boas lembranças no coraçao. Mas quem sabe um dia voltamos...

Biodome!!

Ontem fomos conhecer o famoso Estádio Olímpico de Montreal. Foi construido para as Olimpiadas de 1976, mas a robalheira foi tanta que só terminaram de pagar esse ano, 30 anos depois. É um predio muito lindo visto de longe, lembra uma nave espacial, pra época devia ser algo super futuristico (essa "epoca" foi o ano que nasci, só para relembrar...) Dentro de um dos predios do estadio está o Biodome, lugar adoravel para Biologos e Oceanologos. Eles recriaram 5 diferentes ambientes: Floresta tropical, floresta laurenciana, mar do Sainte Laurence, deserto e Antartica. Os ambientes sao perfeitos, com as diferentes vegetaçoes e varias especies de animais. Duane e eu adoramos.

Montreal dia e noite!!

Montreal é uma cidade muito legal, logo que chegamos e caminhamos a primeira quadra vimos pessoas das mais diversas, turbantes, religiosos, punks, mulheres chiquererésimas, homens cheios de estilos, meninos estilo negao americano, engravatados, esportivos, meninas cheias de maquiagem e roupas doidas... Varios idiomas tambem podem ser escutados, inclusive numa grande rua a medida que vamos caminhando passamos pela parte chinesa, italiana, portuguesa e ainda tem o lado realmente canadense dividido em dois, o frances e o inglês. Creio que é uma cidade aberta a todas as culturas e acho que esse que é o seu charme.
Dizem que é uma cidade que nunca dorme, com gente pelas ruas dia e noite. Durante o dia vimos que é super movimentada, mas nunca vimos grandes tumultos e barulhos, eram raras as businas e gritarias. Dando uma espiada nas fotos do dia pode-se ver os esquilos. Acho que eles sao o equivalente aos nossos pardais, em qualquer rua, qualquer arvore ou gramadinho, la vai ter um esquilinho. A igreja é a Notredame, grandiosa por fora mas simplesmente maravilhosa por dentro. Duane que ja espiou varias na Italia, disse que é a mais linda que ele ja viu. Em outra foto, onde se vê o centro da cidade do alto, tiramos do topo do Monte Real, de onde veio o nome da cidade (nada facil a caminhada e escadas para chegar até lá). Outras duas fotos mostram os típicos predios encontrados pela cidade, na maioria feitos de pedra. A foto que apareço tiramos numa loja maravilhosa, a mesa na minha frente era um caranguejo gigante e a cadeira uma lagosta. Eu e Duane ficamos loucos, mas os dois moveis sairiam uns 5 mil dolares, acho que nao da... A foto do Duane mostra ele comento um prato tipico de Quebec, o popular Putine. Trata-se de batata frita com queijo derretido e um molho escuro. Bem gostoso e tem em todos os lugares, de restaurantes a Mac Donalds.
As fotos noturnas mostram alguns belos predios historicos e eu e Duane tomando uma cerveja quebecoi deliciosa, essa tinha café e chocolate. Cerveja aqui é arte, bebida pra se degustar. O barzinho que fomos todas as noites era um com a cara de Montreal, com todos os tipos reunidos, de universitarios fazendo trabalhos de aula a engravatados. Montreal é isso aí, uma cidade alegre, moderna, cheia de cores e culturas!

Chegada em Montreal!!

Nessa quarta-feira 27 chegamos em Montreal de mala e cuia, literalmente. O albergue se chama Mason du Patriote, fica na parte histórica de Montreal, na rua mais linda, com o casario bem preservado. O albergue é super pequeno, sao dois andares onde no primeiro tem os quartos separados, a cozinha e um banheiro e no segundo andar, como se fosse no soton, é o quarto coletivo e um banheiro. Nesse coletivo é onde estamos, mas no lugar de camas, uma ao lado da outra, sao colchoes de ar no chao separados por uns panos, como se fossem tendas ou barracas, bem legal a idéia, pois se está num quarto coletivo mas com uma certa privacidade. O prédio é super antigo, todas as paredes sao feitas com enormes pedras, e varias meadeironas cruzam o teto. Na nossa rua tem de tudo, restaurantes chiquésimos, inferninhos nada chiques, lojas, galerias de arte, casas de lembrancinhas, igrejas...

Quebec!!

Domingo 24/9 partimos para Quebec com nosso amigo Thierry, nós e nossas vinte mil malas, o transtorno... Ele mora numa casa maravilhosa, bem no centro de Quebec. Na verdade a casa é da namorada dele. Além das 4 pessoas, tinham tambem quatro pets, 2 cuscos dele e 2 gatos da namorada dele. O cachorro é o maior que ja vi na vida, maior que o cusco do Luilui e o outro uma viralatona. O cara é simplesmente apaixonado pelos cuscos, me lembrou muito a Kiti. Até o carro ele comprou pensando nos cachorros, aqueles modelos que parecem uma van, enorme, e ele carrega os meninos para todos os lados. Bom, eu e Duane nos derretemos mais pelos felinos, saudades do Chaplin e Princesa.
Passamos um bom dia com eles, passeamos pela cidade velha e nova, vimos points mais urbanos que nao conheciamos, fomos comprar maças numa ilha onde colhiamos direti do pé, convivemos um pouquinho com eles e nao terça-feira, no fim da manha, partimos para Montreal. Quebec é a nossa cidade preferida, acho que moraríamos lá, tranquilamente.

Último dia em Rimouski!

Domingo 24/9 foi nosso último dia de Rimouski, um dia que acordou chuvoso e assim terminou, um dia que começou choroso e assim terminou... Passamos o dia na funçao de arrumar a casa, fechar as malas, comer os restinhos de comida da casa... nada muito divertido. As malas, como vocês podem ver na foto, sao muitas. Viemos com apenas uma mala grande e outra pequena e estamos voltando com mais duas malas grandonas, coisinhas que fomos juntando nesses 6 meses.
Tentamos dar uma passeadinha, mas foi difícil com a chuva. Chegamos só até a Promenade, nosso local favorito de Rimouski, e lá ficamos um pouquinho.
À tarde apareceram o Claude e a esposa para me deixar um presentinho, um belo livro de arte e fotos da regiao de Gaspesie, será bom nos momentos de saudade. Mas a querida visita foi do Jean-Marie, ele veio dar o último até logo. Botamos as conversas em dia e na hora de dar o tchau final... choro engasgado. Os três com os olhos cheios de lágrimas após o abraço apertado. Jean-Marie fará falta.
Para as 5h marcamos com o Thierry, nossa carona para Quebec. 5h chegou, 6h e 7h tambem e nada... quando estávamos já pensando num plano B, nosso amigo chegou e lá fomos nós para Quebec, nossa primeira parada no caminho pra casa. Tchau querida Rimouski, sentiremos saudades!!!

Jogo de Hockey!!!

Sexta-feira 22, fomos ver o primeiro jogo de Hockey da temporada em Rimouski, demos muita sorte de ainda estarmos por aqui quando os jogos começaram. Fomos com o queridíssimo Jean-Marie, nosso pai canadense. Eu, toda metida, fui com a minha camiseta do Oceanic, o time da cidade. O nome "Oceanic", totalmente oceanólogo, achei o máximo. O estádio nao é muito grande entao pudemos ver tudo bem de pertinho, escutar o barulho dos patins raspando o gelo, as trombadas no vidro, os gritos dos rapazes... O jogo é muito legal, super dinâmico e emocionate. O Jean-Marie passou o jogo nos dando aulas sobre hockey, ele é um apaixonado pelo esporte. A foquinha branca é a mascote do time, coisa de norte-americano. Ela fica lá, dancando no gelo nos intervalos, fazendo brincadeiras, sentando com a platéia para ver o jogo, o pessoal curte o tal mascote. Achei legal também a roupa dos 3 juízes, estilo presidiário. Foi uma noite super legal e que fechou bem a saída de Rimouski.

Festinha de Despedida!!

Na quarta-feira (20/9) fizemos uma festinha de despedida aqui em casa, o Duane preparou várias delícias e compramos algumas cervejas quebecoi que também deixarao saudades.
Vieram todos os amigos queridos, as pessoas mais especiais que encontramos por aqui: Sylvie e filhotes, Yves, Marie-Claude, Ugo, Sarah, Jean Marie, Catherine, Anne Marie e Bernard.
Foi uma noite divertida, com os três idiomas, português (com os amigos que estiveram no Brasil: Sarah, Marie-Claude e Ugo), francês (com Catherine, nossa professora de francês) e inglês.com o resto da galera. Foi realmente muito divertido e especial, com os papos dos mais variados. A festinha fechou de forma emocionante, Sarah tocou violino para nós, algumas músicas bem quebecoi e acabou com todos dançando, foi realmente muito legal.
Para os que nao veríamos mais antes de partir, foi realmente difícil dizer adeus. Na hora de dar tchau para a querida Sylvie, acabamos em choro, como fazem amigas de longa data ao se despedirem.
Difícil pois sempre fica a dúvida se realmente vamos voltar a vê-los, mas planos de voltar sao muitos e isso torna a despedida mais leve. Trabalhar aqui foi ótimo, passear por Quebec foi encantador, mas conhecer essas pessoas é a lembrança mais bela que levaremos do Canadá.

Jantar com Sylvie!!

Quinta-feira passada (12/09) jantamos na casa da Sylvie. Um jantar um tanto agitado pela energia de seus meninos Matheus e Olivier. Foi um típico jantar de casa com crianças, parada para desenhar com Olivier, fotos no jardim onde Sylvie colheu vegetais fresquinhos pra nós e para o jantar, alguns gritinhos dos meninos e corridas da mamae Sylvie, mas sempre com alegria, ela é uma rica maezinha. Sylvie preparou um peixe delicioso e um doce bem quebecoi, de maças e siroup de erable. Outro ponto alto do jantar foi a vista, as janelas da cozinha dao para o mar, nada mal heim! Bom, toda energia e agitaçao dos meninos resultou em sono e depois que eles dormiram seguimos no vinho e conversando tranquilamente. Sylvie é uma das amigas especiais que sentirei saudades e que fazem aumentar a vontade de um dia voltar.

Viagem à Gaspésie!! (fotos...)

Terceiro grupo de fotos.
Ver texto abaixo...

Viagem à Gaspésie!! (fotos......)

Segundo grupo de fotos.
Ver texto abaixo...

Viagem à Gaspésie!!

Pra quem quer saber exatamente onde fomos, voltem uns dias no blog e cheguem naquele mapinha que colocamos. A regiao de Gaspésie é toda essa ponta do “dedo” que forma no lado leste de Quebec. Nosso destino final Percé, um pequeno e lindo balneáreo bem la na pontinha. Fomos com o casal Ane-Marie e Bernard Sainte-Marie (o chefe do Duane).

A estrada que pegamos vai contornando o mapa a beira-mar (primeiro grupo de fotos). A paisagem é simplesmente linda e durante as sete horas de viagem paramos diversas vezes para bater fotos ou admirar o caminho. No início a paisagem é bem rural, com pequenas cidades com suas belas casas e pequenas plantaçoes. Contrastando com a visao bucólica apareceram “les ailes du vent”, essas hélices para produçao de energia. No início parece bem bonito, mas depois tu vês que estraga totalmente o visual da regiao.
Depois de rural a estrada passa para bem litoral, com belas montanhas a beira-mar e mais belas e pequenas cidades. Antigamente o povo da regiao vivia da pesca, mas agora a pesca faliu, entao sabe-se lá do que vivem alí, no meio do nada. A estrada que pegamos foi construída a nao muito tempo, entao era uma regiao super isolada. Para alegrar o caminho apareceram belas e grandes surpresas no mar, baleias enormes viajando para algum lugar! Passamos também por belas montanhas repletas de florestas, com um colorido que parecia uma pintura, diferentes tons de verde, com pontos amarelos, laranjas e vermelhos, sinais do outono.

Aí por 3h da tarde chegamos a Percé. A cidade é pequena e bem bonitinha, totalmente voltada ao turismo. Surpresa foi quando chegamos ao nosso quarto do hotel (o segundo grupo de fotos), todas as janelas voltados para o mar, dando aquela impressao de estarmos flutuando na água, de tao próximos do mar. Uma das janelas dava para uma bela ilha onde nascia o sol e a outra para a imponente Rocha Pérce, razao da popularidade do balneário. Nao só imponente mas bela, mudando de cor conforme a hora do dia e com sua pontinha quebrada e um furo no meio (há registros antigos, do tempo que o descobridor do Canadá - Jacques Cartier - chegou a Percé, que eram 3 furos, mas que aos poucos a rocha foi rompendo nesses locais, restando agora apenas 1 furo). No fim do dia, depois de uma bela caminhada pela praia, nos reunimos para tomar uma cervejinha no nosso quarto, nada nada mal. Papos divertidos com a boa cerveja quebecoi e a vista e que vista...
A noite saímos pra jantar num restaurante delicioso, aqueles com entradas 1, 2 e 3, prato principal, sobremesa e um bom vinho. Tudo delicioso!

No outro dia acordamos cedo para repetir o passeio na praia em frente a rocha e também fomos a procura de outras visoes da cidade, mais do alto (grupo de fotos 3). A praia é diferente das nossas, nao tem areia e sim pedrinhas de vários tamanhos, todas muito lisas, ano após ano lapidadas pelo mar. A visao é linda, ficamos um bom tempo sentados a beira da praia, admirando a paisagem, os passaros... Os rapazes Duane e Bernard ficaram a brincar de tocar pedras na água, eu e Anne-Marie sentadinhas a curtir a tranquilidade do lugar.

Foi um passeio inesquecível e o mais sonhado desde que chegamos a Rimouski. Um lugar lindo, mas muito distante e que certamente será difícil uma nova oportunidade de visitar, a nao ser que voltemos a Rimouki um dia, quem sabe...

Sushi!!! Mais uma despedida...

Esta noite a Sarah e duas amigas dela vieram aqui em casa preparar sushi. Foi produçao em série, cada uma preparou ao menos um rolinho, resultando em sushis de diferentes estilos. Foi uma delícia a comida e a conversa, ora em francês ora em português, conforme a sapiência de cada um. Uma noite divertida e saborosa!

Mais um por-do-sol encantador...

Alguns passos de nossa casa estamos aí, em frente ao fleuve, admirando essa paisagem!

Érable!!!

Hoje o dia foi chuvoso, daqueles que tu ficas em casa, tomando um chimas e escutando música. Mas aí por 4:30 da tarde o sol voltou e fomos passear na Promenade, nosso local preferido no dia-a-dia em Rimouski. Promenade significa passeio, ou seja, é um dos locais onde os rimouskoi vao andar de bicicleta, dar uma caminhada, andar de roller, passear com os cachorros... Bom, em duas das fotos vocês podem ver dois caras fazendo as duas coisas ao mesmo tempo, passeando com seus cuscos e andando de roller ou skate, a toda velocidade, bem coisa de Rimouski mesmo.

Depois disso fomos tirar uma fotos da árvore mais comum daqui, o Érable. Trata-se da árvore símbolo do Canadá, cuja folha está na bandeira. Agora no quase outono (pois aqui eles só ensaiam para entrar no verao, mas quando tu pensas que ele começou já acabou) as árvores começam a mudar de cor e no outono dizem que fica lindo, pois sao todas as árvores entre o amarelo e o vermelho. Sem falar que tem érable por todo lado, em quase todas as ruas. Dessa árvore tiram o sirop d'érable, tipo um melado coletado direto da árvore. A extraçao é na primavera, quando a árvore começa a mandar a seiva para florescer (umas das fotos tirei da internet, onde se vê os baldinhos presos nas árvores para pegar o sirop). Quem descobriu o siroup (ou charope) foram os índios dessa regiao. Hoje tem uma grande produçao dessa delícia, que está em tudo, latas e garrafinhas com o charope, biscoitos, cereais, colocam na comida salgada, nos doces, ou seja, em quase tudo tem um toque de siroup de erable. Umas das fotos é uma loja na cidade de Quebec onde tem milhares de produtos com érable.Aqui entramos na onda e sempre temos uma latinha em casa, já separamos um pequeno estoque na mala, sentiremos saudades...

Happy Hour com Yvesss!!

Sexta-feira, final da semana, final do dia, nada melhor que um "happy hour" com os amigos! Dessa vez o encontro foi na casa do Yves Clermont (o Robaldo quebecoi), que por sinal que casa deliciosa. Os caras aqui trabalham duro pra ter uma casa super confortável, pois será dentro dela que passarao a maior parte do longo inverno. Além da família e amigos do Yves, estavam lá de meus conhecidos o J.B. (um francês filho de italianos que vive em Quebec) e a querida amiga Sylvie com seus filhotes Matheus e Olivie, os pestinhas que aparecem nas fotos. Foi uma noite super legal, como muita comilança, pra variar... Começou com muitos queijos, vegetais, pastas, salgadinhos e cervejas diversas e ótimas. Depois partimos para o climax alimentar para eles, o tal do "barbecue", que nao tem nada haver com nosso churrasco, ele colocou naquelas churrasqueiras elétricas carneiro na forma de tubinho e salsichas, ainda tinha milho verde e paes. Pra acompanhar bebemos um vinho que só tem pra vender numa cidadezinha daqui, produçao local, vinho de mel, delicioso, esse teremos que levar uma garrafinha na mala! Passamos a noite conversando, as vezes num tom meio de despedida, mas foi ótimo. Eu sou fa de carteirinha dessa dupla: Yves e Sylvie, amigos que sentirei muita saudade.

Bom, pra ir pra casa do Yves peguei uma carona com o J.B., daquelas que parecem nao ter fim, mil voltas e nunca de tomar o rumo pra casa do Yves... 30 min que viraram 2h. Mas nem tudo que começa mal termina mal... no caminho passamos por uma fazendinha num lugar lindo e la estavam o Caribús ou coisa parecida. Lindos, lindos, a cara do Canadá. Mais um sonho realizado!!!

Île Saint-Barnabé!

Hoje pela manha fomos passear com Sarah e uma amiga dela. Fomos conhecer a ilha Saint-Barnabé, uma ilha que olhamos todos os dias ao sairmos de casa, bem em frente a Rimouski, a 3km da terra firme. Chegamos na ilha num zodiac, um barco inflável muito rapido. A ilha de 6km de comprimento e 300m de largura já teve donos, mas desde 1997 Rimouski vem comprando a ilha, hoje sendo um total de 95% da cidade e os outros 5 de pessoas, com casas e tudo. O passeio é basicamente uma longa caminhada, com trilhas a beira mar e por dentro da mata. Na ilha vivem uns 12 alces e raposas, mas nao vimos nenhum, era muita conversa e outros turistas também a esptantarem os animais. No caminho muitas aves e uma bela vista do mar e da cidade. Depois de 5h de passeio voltamos pra casa, cansados de tanto caminhar (acho que a Samy e Indi iriam adorar). No barco passamos por uma foquinha nadando como se tivesse horário a cumprir, muito rápida e saltando fora d'água.

Hoje no fim de tarde ainda tem mais festival de Jazz pra ir, difícil é vencer a preguiça para dar mais essa caminhadinha... mas valeu, foi um ótimo passeio!

Festival de Jazz de Rimouski e jantar com Sarah!

Ontem passamos a tarde no coraçao de Rimouski, na praça entre o mar e os museus da cidade. Durante toda a tarde tiveram shows de jazz que até quem nao é muito fanático por jazz poderia gostar. Teve um quarteto tocando saxofone, muito bons e divertidos também. O dia também estava lindo, e os rimouskoi aproveitaram para tomar suas últimas cervejinhas na rua, curtindo o calor do verao (21 graus). Eu aproveitei para comprar mais um souvenir, uma camiseta do festival.

Aí por 6h fomos para a casa da Sarah, aquela moça que foi para o Brasil logo que chegamos aqui.
Comemos uma comida bem típica de Quebec, que na verdade mais os antigos comiam, para ter energia pro trabalho e esquentar no frio do inverno. Foi Sarah quem preparou, sob supervisao da mae, uma receita que leva quase um dia para ficar pronta.
O nome do prato é "Ragoût de pattes de cochon", que traduzindo literalmente seria guisado de pata de porco. Eles pegam a pata do porco e deixam cozinhando na água por horas. Depois tiram toda a carne e fazem bolinhas, como almôndegas. Torram farinha e fazem tipo um pirao com o caldo e adicionam cebola e canela. Forte e pesado, mas gostoso.
Tomamos um gostoso vinho feito pelos pais de Sarah e uma geléia de morangos deliciosa feita pela mae dela.
Conversamos bastante sobre a estada dela no Brasil, passando por Cachoeira do Sul, Foz do Iguaçu, Pantanal, Manaus e Ceará. Acho que ela teve uma boa mostra do nosso grande e tao diverso Brasil.

Como a comida pesou um tanto e seu Duane comeu dois pratoes... tivemos que voltar para o festival e dar uma caminhada para ajudar na digestao. No festival tocava um grupo africano, mas só curtimos o som do lado de fora. Foi um sábado muito legal!

Uma ótima sexta-feira!

Hoje foi um dia feliz no trabalho e no social! Eu sei eu sei, ver fotos de “Material e Métodos” é um tanto boring, mas pra mim... foi um fim de tarde fantástico! Meus gammarus queridos viraram pó (liofilizados), passaram pela HPLC e viraram picos no computador!!! Picos proteicos!!! Ainda achando chato... Mas pra mim foi fantástico, agora que defini as proteinas dos meus bichinhos tentaremos ver em quais delas o cobre se liga! Ainda chato??? Pô, tenham um pouco de compaixao com a fisiologista aqui e fiquem feliz com a minha conquista científica!

Hoje fomos espiar o festival de Jazz no fim do dia, nos shows gratuítos é claro. Ficamos um tempao conversando com nosso amigo que faz curso para ser policial. Tinham vários seguranças num evento onde a maioria das pessoas tinha 8 ou 80. Brincamos que ele estava cuidando dos elementos mais suspeitos do show, os brasileiros!

Terminamos a noite no point do lugar, uma creperia deliciosa. Tudo começou com nachos, passamos pelo crepe salgado com mil coisas dentro que nem lembro e terminamos com o crepe doce, hummm, muuuuito chocolate, morangos e banana. Foi tudo muito bom, tudo muito bem, mas realmente... tive que apelar pro meu companheiro ENO, item básico pra quem me conhece.
Un dia legal, do início ao fim!

Nós vimos!! Nós vimos!!! Baleias, belugas e foquinhas!!!

Este sábado fomos para Reviére-du-Loup. Às 9:30 chegamos lá, uma cidade muito lindinha a 1h e meia de Rimouski. Passamos a manha conhecendo a cidade que tem um centro histórico todo lindo. Tem uma pracinha com um chafariz com uma foca jorrando bolhas de sabao, tentando imitar a neve, bem engraçado. Passamos por uma padaria artesanal deliciosa e por uma loja de sabonetes, tambem artesanal, comprinhas. Mas o grande momento estava marcado para 1h da tarde, o passeio para ver mamíferos marinhos.
Quilômentros de caminhada para chegar na marina, devemos ter caminhado mais de 10 km aquele dia. O lugar é muito lindo, o "mar" já está bem mais estreito nesse ponto, com lindas montanhas verdinhas. Bom, antes de entrar no barco, mais preocupada que ver baleias eu estava com o meu estômogo... Minha experiência com embarques é grande, mas minha experiência em passar mal também. Mas por sorte o céu estava lindo, sem vento e o mar lisinho e graças a Deus, nao tivemos problemas do gênero!
Logo na saída a guia do barco foi avisando, vamos ver animais selvagens, livres, entao eles podem ou nao cruzar nosso caminho... mas logo nos primeiros 15 minutos um grupo de belugas. Quase chorei, um sonho realizado, ver as branquinhas!!! Claro que nao foi muito de perto, as belucas sao endêmicas da regiao e estao ameaçadas, entao as regras para os barcos de turistas sao rigorosas. Dai é contar com a sorte que elas venham por livre e expontânea vontade para perto do barco, mas no geral, elas fugiam. Só as víamos nadando, mas foram dezenas de belugas, entao o número compensou a distância.
O ponto central do passeio foi depois de quase 1h navegando, era em frente ao fiorde, um local muito lindo. Lá todos os barcos de turistas se encontram e muuuuuitas baleias também. Para todos os lados que se olhasse lá estavam elas, as neguinhas encantadas (lembranças dos tempos das jubartes de abrolhos). Os barcos se comunicavam por radio e cercavam os grupos. Tipo uns 5 barcos com os motores desligados e daí era torcer para que elas escolhessem o teu lado para passar. Com as baleias as regras sao de 100 m de distância, daí tem que desligar o motor e esperar. Tivemos muita sorte, algumas vezes elas vieram para o nosso lado do barco. O momento mais emocionante foi quando uma Mink mergulhou por baixo do barco bem na minha frente, deu pra ver ela todinha pelas águas transparentes, meu coraçao disparou. Mas nao foi só eu, era a galera correndo de um lado para o outro, eufóricas vendo as gigantes!!! A grande maioria das baleias que vimos eram Minks. Vimos também a gigante Fin, a segunda maior depois da baleia Azul. Focas tinham muitas e ficavam nadando na nossa volta, curiosas e sem medo. Foram 3h e meia de alegria. Nao tiramos muitas fotos, é difícil fotografar baleias e golfinhos... e quando elas estavam bem pertinho do barco nós estávamos muito eufóricos para tirar fotos. Às 10h da noite estavamos em casa, cansados, mas felizes, com a mente cheia de belas imagens e boas histórias pra contar. Nós vimos, nós vimos!!!
p.s. botei a foto de dois postais pra vocês poderem ver melhor as belugas.

Uma grande noite!

Ontem jantamos na casa do chefe do Duane, o Bernard Saint-Marie. Estavamos em umas 10 pessoas, a maioria alunos do Bernard. Foi uma noite inesquecível, além de boa comida e bom vinho, ótimas foram as conversas. O cara tem uma cultura e experiência de vida incríveis, inclusive ja morou em lugares como Africa e Japao. E como é legal conversar com pessoas assim, aprendendo, trocando idéias e se divertindo muito também. Sabe aquelas pessoas que da vontade de ser igual quando crescer... pois é, assim foi com o Bernard. Na casa tinha uma bela gatinha, parecia uma flor de formosura a primeira vista... mas era uma tigresa territorialista, atacando gatos e cachorros que ousavam entrar no seu jardim, andando de um lado para o outro como um cao de guarda, sem falar do bobo que tentou toca-la, escutou miados furiosos e tentativas de unhadas. Uma fera essa gatinha olhuda!! Voltamos pra casa cansados, cheios do bom vinho e de boas lembranças!

Domingo preguiçoso!!

Passamos a manha na casa de Martin e depois fizemos um tur pelas pequenas cidades a beira mar, coisa chiquésima! Casaroes lindos com seus gramados, campos de golfe e o mar alí, feito um cartao postal. Depois de darmos um pulo na universidade para espiar meus simpáticos Gammarus, passamos o resto do dia em casa, nos recuperando das caipirinhas e da longa noite de churrasco e conversas. Hoje o por-do-sol mais uma vez estava lindo, registramos o finzinho dele na pracinha em frente de casa. Será que teremos mais aurora boreal?!!! Ficamos viciados!!!

Churrasco Canadense com Aurora Boreal!!!

"Eu quero uma casa no campo..."
Ontem fomos jantar na casa do nosso amigo Martin. Ele mora na zona rural. O belo lugar lembra aqueles filmes com as paisagens americanas, com plantaçoes de algo que parece trigo que deixam os campos dourados e os rolos de feno pelo chao. Estavam lá a querida Marie-Claude (namorada de Martin), Suzane (a filhota do Martin) e Ugo, um amigo deles pra lá de simpático que a pouco voltou de uma estada no Brasil, o cara tem um português ótimo. Noite de churrasco, Martin montou algo elétrico na rua com uma grelha e lá foram preparados coraçao de galinha na frigideira, peito de frango grelhado e vários vegetais. Tudo delicioso, regado a boas cervejinhas. A noite estava fria e linda, uns 10 graus. Fizemos uma fogueira e lá ficamos sentados na volta do fogo madrugada a dentro, conversando como se podia (inglês, francês e portuguÊs) e tomando uma boa caipirinha. O danado do Ugo trouxe 9 litros de 51 na ultima vinda do Brasil... Tudo estava ótimo, nao faltava mais nada, mais eis que um espetáculo acontece, alí bem em frente ao nossos olhos: AURORA BOREAL!!! Segundo Martin, um fenômeno nao tao raro por essas bandas, mas que por falta de atençao e devido as luzes da cidade, as pessoas acabam nao reparando. Pra quem nunca viu... vai continuar nao vendo pelo blog, nao rolou foto, nao tinha como sair dali e buscar a maquina e tal, parece que ia quebrar o clima... A noite era de céu limpo, estrelado, totalmente escura e eis que fachos de luzes esverdeadas apareceram no céu, mudando de forma com o tempo. Lindo lindo!!! Pra quem nao sabe, trata-se de um fenômeno natural, comum nas regioes polares, principalmente no Norte. Onde a energia solar reage com os gases da atmosfera produzindo cores em ondas, ora vermelhas ora esverdeadas... Agora é ficar de olho todas as noites e tentar curtir esse belo espetáculo mais uma vez. Nosso amigo Ugo disse só ter visto duas vezes na vida, que demos muita sorte! Segunda surpresa da noite, a carona pra casa de Martin era só de ída, dormimos por lá, sem escovar os dentes, sem uma roupinha confortável... mas valeu, foi uma noite perfeita!!

Carine: uma grande amiga!!!

Se tem alguém que foi e está sendo minha melhor amiga nesses tempos de Canadá é a Carine! Começamos trocando alguns emails por semana, hoje as duas loucas (ela e eu), trocamos uns 2 ou 3 por dia!!! Falamos de tudo, de abobrinhas a segredos importantes, de acartias a belugas, de música brasileira a francesa, do dia-a-dia, do passado, do futuro... Coisa de amiga mesmo, sempre tem um assunto, sempre é hora para um papinho. Nossa, a Carine é a grande companhia nessa terra geladinha, com a família, colegas e amigos longe, um simples email pode alegrar um dia, ser aquela conversa de amigo que faltou na Universidade... Hoje cheguei da Universidade e tinha um bilhete na caixa do correio, buscar correspondência. Achei que era uma compra do Duane que estávamos esperando, mas nao, era pra mim, ebaaaa!!! Nao aguentei chegar em casa e abri o pacote em frente ao mar. Era uma rica duma cartinha da Carine, daquelas escritas a mao, e dois CDs da Marisa Monte. Vim pra casa com o sorriso aberto e corri para o computador para escuta-los. Lindos lindos, estou adorando! Na sequência já vim escrever no blog, pra nao perder o astral. O brabo é que fiquei emocionada, feliz mesmo com o carinho da amiga e estou aqui, aos prantos ao som da Marisa... Estamos tendo uma ótima temporada aqui, pegamos o melhor tempo, fizemos amigos especiais, tenho meu Du juntinho, mas os amigos realmente fazem falta, daí da nisso, da em choro... Obrigada Carine, por ser essa amiga tao especial!!!

Passeio cultural!

Nesta sexta-feira matamos trabalho e fomos passear com Jean Marie e esposa. Ele é um senhor muito gente boa, é o mesmo que nos deu a TV e que nos da carona todos os dias. Cruzamos o mapa da regiao de Gaspe, fomos para o lado leste, quase fronteira com os Estados Unidos. O passeio cultural começou com um museu, um antigo clube de pescadores de salmao. De lá fomos para o Parc Nacional de Miguasha. Uma regiao onde até hoje sao coletados fósseis dos tempos que aqui era tropical. Muitos fósseis legais, mas, as "estrelas" sao os fosseis de peixes na época da transiçao dos vertebrados de vida aquática para vida terrestre. A foto central, por exemplo, é de um exemplar desta época, e devido a sua importancia na paleontologia, este fóssil é chamado "Príncipe de Miguasha". A outra curiosidade sobre esta peça é que um paleontólogo Sueco trabalhou "apenas" 60 anos neste unico fóssil! No almoço fizemos um piquinique delicioso, no meio das árvores e com o estuário de fundo. Por fim fomos ao museu da Bataille-de-la-Ristigouche, onde mostram os ingleses derrotando os franceses na busca da conquista do Canada. Parte da guerra foi nesta regiao. Acho que o pessoal de Quebec gosta de ir nesses museus pra cultivar sua antipatia pelos ingleses, mas pelo que vimos, os esforços franceses nao foram muito grandes para manter o Canadá em seu poder. Foram quase 12 horas de passeio, cruzando a regiao de Gaspe por um caminho lindo, entre florestas e fazendas, aquelas fazendas que a gente vê nos filmes americanos, com belas casas e aqueles rolos de feno que servirao para alimentar os animais no inverno. Aqui a agricultura é tao efêmera como o verao, ou seja, quase nada. Estamos em pleno verao, mas as temperaturas ja cairam para 12-16 graus e os casacos já estao em açao. Foi um dia gostoso e divertido com pessoas muito queridas.

Sushi do bom!!

Ontem fomos ao sushi bar com uns amigos da Estaçao de Aquacultura: Jean Pierre, Sylvi, Yves e esposa. Tudo já começou maravilhosamente bem, com uma cerveja belga e muitas risadas. Depois fomos para a parte do restaurante. As entradas já foram de matar, calamares, camaroes e vegetais fritos com uns molhinhos deliciosos. Bom, depois vieram os sushis, simplesmente fantásticos, certamente os melhores que comi na minha vida e sei la quando terei oportunodade de me deliciar nesse mundo japa novamente. Eram de varios tipos, com varios peixes e outros frutos do mar. Atum escuro, clarinho e branco (nunca tinha visto na vida). Amarga mesmo só a conta, he he he, mas valeu, novos sabores e momentos divertidos com amigos: perfeito!

O roubo da Petite!

Pra quem nao conhece, essa é a Petite, a nossa gata canadense. Na real nao é beeem nossa, é da visinha argentina... mas todo dia damos uns lanchinhos, ela atende pelo nome, é quaaase nossa! Na verdade o nome dela é Fata... cruzes credo, Petite é muito mais a cara dela, a única gata magra que vimos por aqui, o resto sao todos umas bolas. Eu odiava a minha visinha do Cassino que ficava dando outros nomes para meus gatos, tipo o Chaplin ela chamava de Frajolinha, pode isso!? Essas fotos foram tiradas no dia em que tentei roubar a Petite, mas ela ficou meio arrepiada aqui em casa, deu dó, entao soltei. Acho que é a saudade dos meus gatos, to sempre pegando os bichanos que vejo pela rua. Hoje fomos bater um papo com o Multidedículos e a dona dele veio toda com cara de ciúmes, dizendo que ele mordia... um baita pastel. Acho que gatos quem nao tem, detesta, quem tem, se apaixona!

Multidedículos!!

Tao achando que é o Chaplin mais gordinho e sem bigode?! Nao, nao é o Chaplin, esse é o muito simpático Multidedículos. Acho que algumas semanas atras me deparei com esse gato, a cara do Chaplin e fui lá bater um papo. O gato era o proprio Chaplin, totalmente dado e refestelento, pedindo mais e mais carinho. Eis que leve um susto, olho uma das patinhas e reparo que tinham mais que cinco dedinhos... vou para as outras e todas tinham varios dedinhos... levei um susto tao grande que deixei o bichano ali, com cara de quero mais. Mas eis que minha consultora para assuntos gatísticos me ilumiô as idéias. A carine mandou um email contando que isso nao é tao raro assim, gatos polidactilos (vulgo multidedículos). Diz a lenda que os primeiros seriam da ilha dos Açores e que um cara levou para o continente um casal de multidediculos e acabou espalhando a característica. Dizem que poderia até ser uma adaptaçao pra neve... sei lá, desconfio, acho mesmo é que deve dar o maior trabalho limpar no meio de todos aqueles dedinhos, como costumam fazer os bichanos. Só sei que ele é o máximo, muito gorducho e gostoso de apertar e muito folgado também, bem com um jeito Chaplin de ser. Hoje quando voltava da universidade, lá estava o Multidedículos. Tirei varias fotos, fiz video e é claro dei muitas coçadas!!

Sem comentários...

Por-do-sol em frente de casa.

Um pouco mais de UQAR!!!

UQUAR: Université du Québec à Rimouski. Agora esse é meu cotidiano, ir para a Universidade e nao mais para a Estaçao de Aquacultura. O bom é que posso ir caminhando, 20 min de casa e posso voltar a hora que achar melhor, nao dependo de carona. Tudo porque mudei de orientador. Nas fotos pode se ver o prédio principal e o prédio onde trabalho,no ISMER: Institute de Science de Mer, seria o equivalente da nossa Base Oceanográfica da FURG. Também tem foto dos gramados ao redor dos prédios, onde em baixo das árvores têm várias mesas para o pessoal aproveitar o almoço no sol do verao. Hoje tive um companheiro para o almoço, creio que seja uma marmota, a devoradora de jardins da cidade.
No outro grupo de fotos, o Gammarus laurencianus, meu novo animal de trabalho. Agora o Calanus ficou minúsculo e a Acartia... nem existe. As fotos sao no meu laboratório, uma sala a 14 graus com um vento gelado soprando na orelha, nada agradavel. Tem fotos da coleta e dos primeiros experimentos.

Parc Bonsejour!

Mais um domingo de sol com show gratuito ao meio-dia no Parc Bonsejour de Rimouski. O show foi legal, uma boa banda de Blues. O fato legal do dia foi a primeira abordagem por causa do chimarrao. Na verdade a tal senhora que veio bater um papo (a senhora marcada pela seta vermelha na foto) tinha uma cuia e erva em casa, mas nao tinha a menor idéia de como lavar, devia tar tudo mofado. Dai descobri que ja morou um brasileiro por um ano na casa dela. Perguntei se ela tinha aprendido português, ela disse que nao, pois antes do cara aprender francês eles só conversavam em inglês. Nossa demora na evoluçao no francês se deve muito ao inglês e a falta de tempo. Como só tinhamos 6 meses para trabalhar, nao tinhamos tempo para perder, entao toda a comunicaçao se dava em inglês e em casa, é claro, em português. Claro que meu inlgês também nao evoluiu muito, digamos que perdi o medo de falar, mas assim como um Italiano que fosse para a FURG e só falasse um tantinho de inglês e nada de português, ele conseguiria sobreviver, mas nem por isso seu inglês iria crescer muito no meio dos brasucas. O francês o grande mal foi ter vindo com base zero, assim enquanto nao fizemos algumas aulinhas (tivemos 7 aulas nesses 4 meses) nunca tivemos coragem de formular uma frase em francês na rua. Nossa fase atual no francês é essa, sobrevivemos a algumas conversinhas casuais na rua... pra nós, já foi uma evoluçao!

Parc du Bic!!!

O combinado era, se fizesse bom tempo, sábado iríamos ao Parc do Bic às 13h com nossos amigos Marie-Claude e Martin. Acordamos e tinha um pouco de vento, um pouco de nuvens, ao meio-dia choveu, entao concluímos, o tempo está ruim para irmos ao parque. Mas o Duane ressaltou, pode ser que o padrao de bom tempo desses canadenses seja diferente do nosso... dito e feito, 13h eles estavam aqui em casa. Corremos para nos arrumarmos, com aquela cara de "vamos fazer uma baita indiada na mata". O Parc du Bic é numa cidade pertinho de Rimouski, acho que uns 20 min de carro. O lugar é simplesmente fantástico, e como um bom parque canadense, tem trilha!!! Entao lá fomos nós morro acima no meio da mata. O chao tava um pouco escorregadio por causa da chuva, mas pra nossa surpresa, o dia ficou lindo. Alguns km de caminhada e o prêmio, uma vista maravilhosa das ilhas do parque e aquela água do mar entre verde e azul, deu até vontade de tomar um banho. O passeio foi só pelas alturas, nao fomos na beira d'água, ficou pra próxima... No caminho de volta fomos apresentados a várias frutinhas silvestres minúsculas, coisa de canadense também. Numa das fotos está o Duane caíndo de boca nas frutinhas. Quando eles forem ao Brasil, vamos apresentar nossas "frutinhas": jaca, melancia... Depois de uma bela tarde no Bic, fomos fechar o dia numa creperia deliciosa: amigos, crepe delícia e uma cervejinha que poe qualquer uma das nossas no chinelo. Dia perfeito!!!

Dîner avec Catherine!!!

Ontem foi uma noite muito divertida. Fomos jantar na casa de nossa professora de francês, tipo uma aula prática na casa dela. Catherine e sua irma vieram direto da França, mas suas filhas sao de Quebec. Idioma único da noite: francês. Quando nao tem jeito o cérebro começa a trabalhar e lá fomos nós, com nosso francês macarrônico mas conseguimos nos comunicar. Entendíamos quase tudo e conseguimos nos fazer entender, as vezes, é claro, dando voltas pelo idioma, perguntando como diz isso ou aquilo,muitos erros, mas conseguimos. Mas foi muito importante, mudamos de etapa, rompemos o bloqueio. Antes sempre que nos encontrávamos com um falante francês, mais que rapidamente dizíamos "Je ne parle pas le français..." evitando qualquer chance do papo continuar. Agora falamos "Je comprendre un peu le français..." daí cabe o fulano querer ou nao fazer uma forcinha para rolar um diálogo. Também foi importante, pois me preparou para o encontro de hoje.

Bom, quanto ao dia de hoje, pra quem sabe da história de um dos meus apelidos "Gislaine" ou "Gisa" que a Ana Titina me colocou, vai entender melhor. Na Universidade, o técnico com quem eu trabalhava (o Richard) fala muito bem inglês, entao sem problemas. Mas ele entrou de ferias semana passada e me avisou, agora vais trabalhar com Ghislein, que só fala francês, nada de inglês. Passei uns dias tentando descobrir quem seria a tal Ghislein, a "Gisa" canadense, sei la por que sismei com uma moça, mas como ela nao fala ingles nunca tive coragem de chegar para um papinho. Hoje nao teve jeito, meu orientador perguntou se eu conhecia Ghislein. Lembrei da guria de cara tri simpática que tinha por certo que era a Ghislain, mas como nao tinham me apresentado, disse que nao conhecia. Dai ele disse, tu deves ver Ghislein todos os dias, só que nao sabes quem é... fui toda feliz achando que ía bater meu primeiro papo com a Gisa, mas fomos para outros lados, entramos numa sala e meu orientador falou a frase basica, Grasiela Ghislein, Ghislein Grasiela. Quase estorei o riso, tive que guardar meu Ooooi Gisa, pois nao era a Gisa, era o Giso, isso mesmo, era um homem... Passei uma semana olhando pra minha colega de sala com cara de Gisa e era um homem. O Giso ficou mudou quando soube de minhas limitaçoes francesistica, dai eu no desespero comecei o papo. Foi engraçado, falei um monte de coisas erradas, mas ele me entendeu, ao menos consegui todo material que precisava para o meu experimento. Só nao consegui a minha nova amiga Gisa... nao tava preparada para um Giso...

Pizza do Duane!!

Ta certo que nao tem Churrasco do Cleversom, "lombinho dourado da Indi", bife com cebola da mae, rosca de Taquari, aipim, requeijao, farofa, pao-de-queijo, guarana, coisas de porco defumado (Duane), pao francês na padaria da esquina, mas tirando esses pequenos detalhes da culinária brasileira, estamos muito bem. O pizzaiolo Duane entrou em açao nesse fim de semana, daí minha barriga foi só alegria, pizza com sorvete de chocolate de sobremesa, quer mais perfeito que isso! Bom, aqui até o sorvete mais chinelo, que sai por 2 dolares o litro, é delicioso, entao já viu né, o pançeps ou blubers só vao se criando...Ainda mais agora que a Biba mandou duas caixinhas de chá de boldo, posso abusar sem medo de ser feliz!

Mais da erva da boa!!!

O paraíso é aqui, dentro do meu armário da cozinha!!!! Três pacotes de erva enviados por diferentes amigos. O que chegou hoje veio por uma amiga de Taquari, amiga dos tempos de colégio, que está morando em Miami. A Cristiane mandou um maravilhoso presentinho, 1 Kg de erva gaúcha, que maravilha!!! Nem preciso dizer o que estou fazendo além de teclar... tomando um mate delícia. Carine e Carlinha mandaram algumas musicas sobre a erva, para eu cantarolar toda feliz enquanto tomo meu mate. Claro que o carioca Duane da uma atrapalhadinha, mexendo na bomba, detonando o morro, mas faz parte da convivência... Obrigada Cris por essa!!!

Festival de Blues de Rimouski!!

Mais um fim-de-semana musical, mas agora sem sair de casa! O Festival de Blues de Rimouski foi de sexta a domingo, ao entardecer, bem no coraçao da cidade: entre a Catedral e o Saint-Laurence. Na sexta-feira, a noite estava fantástica, quente, muitas pessoas e cuscos andando pelas ruas. Curiosidade da noite, para entrar no show acho que custava uns 20 dolares por todas as noites. O que barrava a entrada era tipo uma cerca que qualquer um poderia passar por baixo, por cima ou pelo meio... mas nao vimos NINGUÉM pulando... nem naquele cantinho atrás da lixeira ou do banheiro... sem falar que dava pra ver tudo mais que perfeitamente sem entrar e foi o que fizemos. No domingo fomos no show no Parque Beausejour ao MEIO-DIA!!! Isso mesmo, o sol comendo e os branquelas lá, torrando no sol e achando o máximo. Dava pena era dos bebês. Quem me conhece sabe que logo logo fui para baixo de uma árvore, e deitados na grama curtimos um gostoso show de blues. Tem também algumas fotos da cidade, da querida Rimouski.

Trilhas de Rimouski 2!!

Hoje foi dia de "trilha". Baita calor, chimas na mao, e lá fomos nós para o Parque Beausejour. Tem uma pista de esqui no meio da mata que no verao vira uma bela trilha na beira do rio Rimouski. 3 horas deliciosas de passeio, com direito a sentar nas pedras na beirinha d'água para ficar adimirando a tranparência da água, as aves e até uma galera se arriscando num mergulho nas águas agora nem tao geladas. O Duane ainda deu uma de guri e ficou jogando pedras no rio. Eu, mais acomodada, fiquei curtindo meu mate delicioso tranquilamente. Uma manha deliciosa!!!

Intercâmbio Brasil - Canada!!!

Na semana passada meu orientador canadense, Claude, foi para o Brasil. Foi para a defesa de tese de uma outra brasileira que esteve aqui e para um congresso de toxicologia. Lá encontrou minhas amigas, quase todas estao nessas duas fotos. Ele deve ter ficado encantado com tanta mulher bonita e inteligente juntas!!!! Algumas delas me escreveram emails contando que também acharam ele legal e até pensaram na idéia de dar umas voltas por Rimouski e pelo fabuloso mundo da autoradiografia. Bom, as meninas esqueceram de me mandar uma erva-mate via Claude, mas acreditem, ele comprou pra mim!!!
Hoje, sabadao a tarde, a casa naquela bagunça... eis que batem nossa porta, eram Claude e esposa, aqui em casa, com o pacotinho semi-magico nas maos. Agora estou até abusada, fiz um mate para a caminhada da manha e um novo para o fim de tarde!!! Intercâmbio Brasil - Canadá: de conhecimento, de amizade e de chimas!!!

Mate!!!

"Entrei numa roda e me deram uma coisa pra provar. Uma erva galega, esverdeada e gostosa de chupar. E da barato sim, e da barato sim, e da barato sim eo e da barato sim, vai bem com tudo é bom pros rins e da e da barto é Chichichi chimarao crioulo liga como o que, chimarao crioulo melhor que muito gerere..." Salve o Nei Lisboa com sua cantoria e três vivas para a Bibolina que me mandou o mate e até chá de boldo, que delícia.
Viram a mateira que arrumei por aqui, lindinha que só e é perfeita, veio com a térmica, potinhos para por a quantidade exata de erva para uma cuia e lugar para cuia, bomba e porta cuia. Amanha vou me exibir com a minha colega argentina, a Irene. Todos os dias tomo mate no fim da tarde, logo que chego do laboratorio. Hoje inventei de levar para a estaçao e o francÊs quis provar, daí foi aquela violência com meu mate, tirou a bomba, mexeu em tudo, só faltou fazer borbulhas na água.
Ah, a minha foto estranha foi do primeiro mate, logo que chegamos de Quebec.
Agora é fazer render os 3 meses!!! Valeu Bibaaaaaaa!!!!
Ah, também tem aquela musiquinha "Eu quero um chima, chima chimarao pra matar a sede da tradiçao". Alguém sabe mais uma....